segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

10 toques pra curtir Veneza

Nenhum visitante de primeira viagem está preparado para Veneza. A Serenissima requer uma estratégia específica de aproximação. Não existe jeito fácil: Veneza não pode ser ‘ticada’ do alto de um ônibus de dois andares ou num passeio de balão. Mas quem puser mãos (e sobretudo pés) à obra desvendará a cidade mais singular do Ocidente.


1 | Evite o alto verão



Não se trata apenas do calor ou do mau cheiro: o maior problema são as multidões. Se puder, evite julho e sobretudo agosto. (Se quiser a cidade quase vazia, vá no inverno.)
2 | Hospede-se em Veneza, não em Mestre

Sim, os hotéis em Mestre (no continente) são mais confortáveis e têm diárias em conta. Mas dormir num prédio multicentenário numa viela insalubre é parte indispensável da experiência veneziana.

3 | Fique três noites

Veneza só se revela a quem não tem pressa. Não é uma cidade que se resolva num city-tour. Com três dias você vai se desencumbindo aos poucos dos lerês (Palácio Ducal,Basílica de São Marcos, Campanário da Praça São Marcos, museu Ca’ Rezzonico, Galerias da Accademia, Coleção Peggy Guggenheim, Museu do Vidro em Murano, Bienal se houver) e ainda fica com tempo para ver o que realmente importa, que é a Veneza do lado de fora desses lugares todos. Lá pelo terceiro dia, a cidade começa a fazer algum sentido. A primeira vez que você acerta um caminho em Veneza é incrível.

4 | Pegue instruções de chegada com o seu hotel

Só se chega a um endereço em Veneza com manual de instruções. Os hotéis têm prontos os itinerários desde o aeroporto, a estação de trem e o ponto de ônibus da Piazzale Roma. Mas não se preocupe, o seu consultor vai te explicar como chegar, e melhor ainda: contratar um transfer se você achar mais cômodo.

5 | Deixe a mala na estação



As pontes em Veneza têm escadas: rodinhas não adiantam. Organize o que vai precisar numa bolsa ou mochila e deixe a mala principal no guarda-volumes da estação de trem. O depósito é operado por funcionários e abre das 6h às 23h. Cada volume vai custar € 13,50 por dia. (A alternativa é contratar o serviço de transporte de bagagem da cooperativa Trasbagagli ou um carregador avulso.)

6 | Não siga o fluxo



Da estação até a Piazza San Marco as vielas principais são um mar de gente comparável ao da saída de estádio de futebol. Escape. Saindo à esquerda, você chega aos canais atrás do Canareggio e também ao Gueto. Atravesse pontes. Saindo à direita, você dá em San Polo, Santa Croce e Dorsoduro, onde a densidade demográfica é menor e o que sobrou da Veneza de verdade dá as caras. (E em algum momento você vai dar no Campo Santa Margherita, a praça mais animada da cidade.) Enfim, perca-se. Quem não se perde em Veneza acaba perdendo Veneza.
7 | Não tenha medo da acqua alta

Só acontece nas marés mais altas, no pico máximo da maré, durante menos de duas horas de cada vez. A cidade está preparada (seu hotel avisará e você poderá se precaver com calçados impermeáveis) e as passarelas são montadas e desmontadas rapidamente. Um espetáculo.

8 | Compre o passe do vaporetto



Uma viagem avulsa de vaporetto custa 6,50 euros. Um passe de 72 horas sai 35 euros e se paga em seis viagens.

9 | Descubra seus ‘bacari’



Bácaro é o botequim de Veneza. Vende “ombra” (vinho em copo), “cicchetti” (canapés tipo tapas) e spritz (que em Veneza é preparado Aperol ou Campari — você decide — e leva azeitona). Aparece nos caminhos mais obscuros.

10 | Se não estiver na Itália, voe

Vindo de Milão, Florença ou Roma, chegue de trem. De qualquer outro ponto da Europa, vá de avião: Veneza está longe demais das capitais. Na opinião do blogueiro Ricardo Freire, Veneza é um ótimo ponto final de um tour pela Itália; dá para programar o voo de volta ao Brasil saindo de lá.

Com informações do Viaje na Viagem.

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