sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Site da Webjet deixa de existir


Aprovada a compra da Webjet pela GOL, já teve início o processo de unificação das duas empresas, que passarão a ser apenas GOL. Desde o último dia 18 o site da Webjet deixou de existir e as passagens da companhia carioca estão sendo vendidas apenas pelo site da GOL.

Reprodução/webjet.com.br
Além do efeito prático, as mudanças deixam claro que a Webjet chegou ao fim, assim como aconteceu com a Varig e com a Pantanal e  irá acontecer com a Trip no dia 02/12. Em algumas semanas, a Webjet será apenas uma pintura de aviões usados para operar voos da GOL até que a marca desapareça em definitivo. Não deve haver cancelamento de voos, uma vez que isso já foi feito no decorrer de 2012. Daqui pra frente o que deve mudar é que os voos operados pela Webjet passem a ser  voos GOL.

Podemos dizer que a Webjet foi a primeira e única empresa low cost, low fare a operar no Brasil. É lamentável que a companhia, depois de tanto lutar para conseguir seu espaço no mercado, tenha chegado a esse fim. Por outro lado, esse final era inevitável: os preços da Webjet pressionavam muito TAM e GOL e uma das duas uma hora iria comprar a Webjet para por fim a esse modelo de preços baixíssimos.

É verdade que os serviços da Webjet eram inferiores aos de empresas como GOL e TAM, mas o objetivo era exatamente esse: ser diferente, mais acessível. Será que faz sentido ter seis empresas aéreas operando nas mesmas rotas com o mesmo modelo, oferecendo o mesmo tipo de serviço de bordo e se diferenciando apenas por preço? A partir de 3 de dezembro a Azul irá operar sozinha em 42 cidades brasileiras! Onde estão as outras empresas? Estão todas brigando pelas mesmas rotas, oferecendo praticamente o mesmo serviço. Enquanto isso, a Azul terá o monopólio em 42 cidades brasileiras, você tem ideia do que é isso? A TAM voa para 42 cidades no Brasil, a GOL voa para 48 e a Azul, que agora incorpora a Trip, voa para mais de 100 destinos.

Portanto, mesmo que a Webjet não fosse uma empresa aérea para você voar e mesmo que a Azul não seja, é muito importante termos companhias  fazendo algo diferente, atendendo novos destinos, oferecendo alternativas, sacudindo o mercado e incomodando as gigantes.

Geralmente, quanto mais concorrência, melhor para os consumidores e obviamente que são mais promoções de passagens, mas também não adianta ter seis empresas aéreas quebradas. 2012 entra para história como o ano que o Brasil começou com seis empresas aéreas grandes e terminou com quatro, sendo que uma delas passou a ser chilena.
Só nos resta torcer para que com todos esses ajustes, as empresas aéreas se fortaleçam e consigam oferecer boas tarifas mas também tenham lucros e consigam se manter no mercado.

Texto adaptado, de Leonardo Marques, do Blog Melhores Destinos.

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