Que Nova York não dorme, todo mundo já sabe. Mas você sabia que Berlim também está na lista das capitais com ritmo noturno intenso?
Algumas dicas de lugares pra se divertir à noite na capital alemã:
O "antro" da cena tecno-eletrônica-industrial é uma usina elétrica desativada que impressiona por dentro e por fora, sobretudo pela clientela que está há 48 horas dançando. Há quem diga que "o que acontece no 'Panô' (como é chamado pelos frequentadores), fica no 'Panô'". Há uma sala para o publico gay, o Lab.Oratory, com festas com todo mundo pelado. Cuidado com o cara da porta, um tatuado com cara de mau. Se ele não for com a sua cara, você não entra.
O tradicional Bar25 reabriu há cinco meses em outro endereço, do outro lado do rio Spree, em Kreuzberg. O lugar é uma antiga fábrica de sabão, toda de tijolos, com decoração kitsch rodeada de objetos de caça e navegação, relicários, confessionário... O misto de teatro, clube noturno, cinema, bar e restaurante já foi adotado como novo "point" da moda.
De longe, o clube parece uma velha embarcação ancorada no Spree ao som de música eletrônica. Uma casa em madeira e tijolo com bar, pizzaria, pistas de dança, bancos e terraço, onde a clientela banha as perninhas no rio. Com gente fashion e antenada, caracteriza em cheio o espírito berlinense no verão. Pode fechar no inverno.
Os festeiros fazem fila para entrar. A concorrência é grande, então prepare-se para talvez ser descartado. A entrada por uma salinha dá a impressão de que o local abriga uma festa clandestina em uma garagem. Ledo engano. Adiante, pista colossal cercada de paredes escuras, lustres gigantes, bar. Gente na moda dança ao som de DJs da cena berlinense e mundial.
Dentro das paredes de vidro fumê ou no terraço flutuante ao longo do Spree, o Watergate tem vista para o rio, o suntuoso prédio da Universal Music e a ponte em estilo neo-gótico Oberbaumbrücke. É um pouco caro para os padrões berlinenses. Música eletrônica é garantida.
O que antes era um local no qual o cliente comia e bebia (bem) e na saída pagava o que achava justo - 2 ou 200-, segue agora uma nova política: o frequentador paga 25 pelo jantar e 2 pela degustação de vinhos. Na rede de bares -três no total-, cada noite tem um cardápio diferente, com duas opções de entrada e prato principal. Na seleção de vinhos, o habitué "aluga" uma taça e testa quantos quiser.
Por fora, um simples "take away" coreano que vende frango frito a 1. No subsolo, esconde-se um bar "supercool", o Soju Bar, com pequena pista e paredes pretas. A luz vem dos neons publicitários "made in Asia". Se for ao banheiro, aproveite para cantar no karaokê (sim, ele fica dentro do banheiro). Música africana e pop coreano agradam a plateia sedenta de vinho de arroz.
Sem luz ou indicação na entrada, faz bonito atrás de uma porta de aço embaixo da estação de trem Berlin-Friedrichstraße. O interior é futurista: vidro, luzes brancas. O ambiente da única peça é recheado de gente que quer ver e ser vista. Hedonismo com reserva por antecedência.
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